Com ganho adicional de isolamento térmico dos ambientes, o sistema recebeu armadura de aço nas nervuras e concreto usinado
A cobertura do mezanino de um prédio comercial em São Bernardo do Campo (SP) foi projetada e executada com o Monopainel® Nervurado para laje, solução recém-lançada pelo Grupo Isorecort. O sistema foi empregado em área de escritórios com 130 m² e venceu vãos de 7 m de extensão. Para atingir o objetivo de uma obra rápida, a estratégia da área de engenharia reuniu um mix de elementos em poliestireno expandido (EPS). “Optamos por estrutura metálica e o Monopainel® para o fechamento, escada em EPS e laje Monopainel® Nervurado em EPS”, conta o engenheiro Denilson Rodrigues, consultor Técnico da empresa e responsável pelo projeto da ampliação da edificação de 400 m².
Para explicar a solução, o engenheiro pergunta: “Por que usar o painel nervurado em substituição à laje pré-fabricada de concreto com lajotas também em EPS? O isolamento térmico que o material proporciona não tem a mesma eficiência em ambas as soluções”? Na verdade, não. Na laje convencional – treliçada ou protendida –, o sistema é constituído por lajotas em EPS e vigotas, uma ao lado da outra. E para que trabalhem juntas, são cobertas por uma capa de concreto com 4 ou 5 cm.
“O capeamento que incorpora a armadura – geralmente, uma tela soldada – faz a distribuição das cargas que estão sobre a laje para as vigotas que, por sua vez, conduzem as cargas às vigas de apoio”, diz. No entanto, a energia da radiação solar sobre o concreto, que é um bom condutor, é transferida para as vigotas e elas vão repassar esse calor para os ambientes abaixo. Portanto, mesmo com a presença das lajotas em EPS, mesmo que reduzidamente, ainda há transmissão de calor.
Painéis monolíticos planos em EPS colocados na horizontal para compor uma laje não têm a necessária resistência estrutural, pois não são concebidos para esta finalidade. “Já o Monopainel® Nervurado foi projetado para aliar as vantagens do EPS, como baixo peso, alta resistência e trabalhabilidade, entre outros, à geometria favorável de uma laje pré-fabricada nervurada. Proporciona a execução de grandes ou pequenos vãos, com reduzida carga e perfeito isolamento térmico, além do acústico, principalmente quando utilizado em conjunto com alvenarias executadas em Monopainel®.
“A sua utilização também beneficia obras de reforma/ampliação, onde muitas vezes o transporte/manuseio de uma laje pré-fabricada é inviabiliza por questões de acesso. É o caso, por exemplo, de laje em cobertura de edifício, onde o Monopainel® Nervurado pode ser transportado até pelo elevador social, ao contrário do que ocorreria com uma vigota pré-fabricada de concreto”, explica Rodrigues.
Na obra, as peças são instaladas lado a lado, por encaixe macho/fêmea. Em seguida, são inseridas armações metálicas – vergalhões de aço – no interior das nervuras, calculadas e dimensionadas de acordo com o vão e a utilização (sobrecarga). “O conjunto é finalizado com instalação da armadura de distribuição – normalmente, tela soldada –, armadura negativa e reforços, de acordo com o projeto estrutural da laje, e lançamento do concreto usinado que preenche as nervuras e compõe a capa”, orienta. Os painéis laje Monopainel® dispensam treliças e se comportam como laje nervurada unidirecional.
Vistas pela face inferior, as nervuras da laje pré-fabricada convencional ficam expostas. No caso do Monopainel® Nervurado, o aspecto é totalmente plano, por conta de uma “pele” de EPS mantida sob as nervuras. “Mais do que o aspecto estético, importante benefício do sistema é que o calor não se transfere para os ambientes. Ou seja, os painéis laje asseguram, com eficiência, o isolamento térmico entre as nervuras e as áreas abaixo dele, assim como ocorre com as paredes em Monopainel®”, observa, destacando que em edificações com esse sistema construtivo nas paredes e o painel laje na cobertura, as propriedades térmicas do EPS são potencializadas. “Cria-se uma verdadeira caixa térmica”, reforça.
O painel Monolítico Nervurado foi testado e confirmado seu bom desempenho. “O sistema deve ser entendido como uma laje, que oferece, complementarmente, o isolamento térmico. Mas precisa, como qualquer outra laje, ser bem dimensionada para cada projeto”, alerta o engenheiro. No caso da obra de cobertura do mezanino do prédio comercial, o material alcançou um vão de 7 m, mas de acordo com Rodrigues, poderia chegar a mais de 10m com o mesmo nível de qualidade.
Ele ensina que o dimensionamento de uma laje depende do vão e da carga a ser distribuída. Esse cálculo determina a espessura da laje e a quantidade de aço necessária. “De acordo com norma ABNT NBR 6120 – Cargas para o cálculo de estruturas de edificações, a laje do mezanino usado como escritório deveria ter 300 kg de sobrecarga de utilização, sem revestimento. Se fosse uma laje com os mesmos 7 m de vão para uma residência, teria 150kg de sobrecarga de utilização. Na prática, a espessura da laje seria a mesma, porém com menor quantidade de armadura”, compara, explicitando a importância da norma técnica e do cálculo para cada obra.
O Grupo Isorecort já disponibiliza o sistema de painéis monolíticos nervurados para obras com paredes executadas com Monopainel® ® e, também, com sistemas convencionais.
Denilson Rodrigues – Engenheiro Civil formado pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atua com projetos estruturais e acumula grande experiência com obras de concreto armado, elementos pré-fabricados, painéis e cortinas de contenção, além de estudos na área de desenvolvimento de novos sistemas, com ênfase em termoisolantes (principalmente Poliestireno/EPS e Poliuretano/PUR/PIR). É responsável pela área de engenharia e de desenvolvimento técnico do Grupo Isorecort.
Para mais informações e detalhes técnicos, acesse www.isorecort.com.br.
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