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Cientistas dos EUA descobrem larvas que se alimentam de plástico e isopor

Enzima no estômago do bicho-da-farinha, descoberta por especialistas da Universidade de Stanford, abre possibilidade para possível reciclagem de lixo plástico.

Um estudo realizado pela Universidade de Stanford e divulgado na última terça (29/09), descobriu que o bicho-da-farinha, a larva do besouro Tenebrio, comem e digerem poliestirenos, uma resina que compõe o plástico e o isopor.

Os pesquisadores examinaram as fezes das larvas após deixarem-nas por 30 dias alimentando-se exclusivamente de isopor, e descobriram que o poliestireno que não havia se convertido em dióxido de carbono ou biomassa havia se transformado em matéria fecal comum. Isso significa, inclusive, que os excrementos ainda poderiam ser usados como adubo sem prejudicar o solo.

“O bicho-da-farinha é o primeiro inseto conhecido capaz de degradar e mineralizar um plástico comum, resistente e à base de petróleo”, diz o estudo.

A capacidade de digerir o isopor é causada por alguma enzima no estômago da larva. O próximo passo, para os pesquisadores, é buscar isolar essa enzima para posteriormente desenvolver um processo rápido e barato de reciclar plástico, a fim de diminuir a poluição decorrente desse tipo de lixo.

A pesquisa indicou que, nos EUA, 33 milhões de toneladas de plástico são descartados e apenas 10% desse total é reciclado. No mundo são consumidas mais de 290 milhões de toneladas de plástico.

 

Opera Mundi

 

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