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Conheça detalhes sobre a composição da argamassa estrutural para Monopainel®

O traço da argamassa preparada no canteiro deve ser 1:3, acrescentando aditivo líquido plastificante e microfibra de polipropileno. As funções de cada elemento da formulação criam o capeamento de elevada resistência dos painéis em EPS

O sistema construtivo com painéis monolíticos exige que a estruturação do núcleo em poliestireno expandido (EPS) seja feita com argamassa armada, no traço 1:3. Diferentemente das estruturas convencionais, não se trata de aplicar chapisco, reboco ou emboço. “Esses revestimentos têm traços apropriados à função de cada um, em geral, 1:8. São mais fracos, portanto, servindo apenas como revestimento”, esclarece o engenheiro Denilson Rodrigues, consultor Técnico do Grupo Isorecort.

Chapisco, reboco e emboço atuam na impermeabilização da base com resultados estéticos, mas não fazem parte da estrutura. A argamassa armada, por sua vez, aplicada nos painéis monolíticos com espessura de 3 cm, atua como um capeamento estrutural. “Assim como a parede de bloco estrutural é quem resiste as cargas, no caso dos painéis esse é o papel da argamassa armada”, diz.

 

Assim como a parede de bloco estrutural é quem resiste as cargas, no caso dos painéis esse é o papel da argamassa armada, Denilson Rodrigues

 

A etapa de projeção da argamassa armada, feita com as paredes já instaladas, é parte do passo a passo da execução das paredes com Monopainel®. Na etapa seguinte, o acabamento é o mesmo que se dá aos sistemas convencionais, usando materiais como gesso ou massa corrida, entre outros.

 

Argamassa armada
 

A preparação da argamassa armada é feita no canteiro quando se deseja redução de custos. O mercado oferece alguns tipos de argamassa estrutural industrializada, de alta resistência, acima de 40 ou 50 MPa. Mas seu custo é elevado. “Fabricantes estão desenvolvendo argamassa para revestimento estrutural com preços mais acessíveis, adequados para aplicação nos painéis monolíticos em EPS”, antecipa o engenheiro, alertando que não devem ser utilizadas as argamassas de assentamento de revestimentos cerâmico que têm entre 4 e 5 MPa. Elas não têm todas as propriedades técnicas e a resistência necessárias à estruturação do sistema em EPS, que gira em torno de 15/20 MPa.

A composição da argamassa recomendada pelo Grupo Isorecort para estruturação do Monopainel® está disponível neste site. De acordo com Rodrigues, o preparo utiliza uma medida de cimento para três de areia (1:3), e mais aditivo líquido plastificante, incorporador de ar, impermeabilizante, que garante plasticidade e aderência à base.

“O aditivo promove uma massa com poros bem fechados, de forma a resguardar da umidade as malhas de aço que envolvem os painéis em EPS. Há vários tipos de aditivos no mercado. Quando o sistema Monopainel® é vendido, o Grupo Isorecort quantifica o número de painéis necessários ao projeto e, também, o aditivo que oferece para a obra toda”, fala o especialista.

A empresa também especifica e fornece a quantidade de microfibra de polipropileno com 6 mm de comprimento que participa da composição. A função desse elemento é evitar que, durante a cura, a argamassa, mesmo sofrendo o seu processo normal de retração, tenha uma redução significativa de microfissuras. “Esse fenômeno, embora normalmente não seja estrutural, é visualmente desagradável”, explica, observando que, caso o comprador prefira adquirir os aditivos no mercado, é importante verificar, na embalagem, a quantidade recomendada para a argamassa a ser feita. Há variações em função da marca e do fabricante.

O tipo de cimento e areia é outro fator a colaborar com a plasticidade e elasticidade da argamassa estrutural. “Por exemplo, a resistência final do cimento CP II e do CP III é similar. Porém, o processo de cura do CP II é mais rápido, o que leva à tendência de a argamassa retrair e fissurar mais do que quando se utiliza o CP III – cimento que recomendamos”, expõe Rodrigues.

Essa composição da argamassa estrutural independe do número de painéis ou de pavimentos a serem construídos com o sistema. O cálculo do número de pavimentos possíveis resulta da distribuição linear de carga. “A quantidade de pavimentos de uma edificação depende da distribuição de alvenarias dada pelo projeto arquitetônico. Quanto maior a quantidade de paredes, melhor e mais equilibrada será a distribuição de cargas – esta é sempre menor por metro linear de alvenaria, possibilitando um número maior ou menor de pavimentos. Dependendo do projeto, é possível, por exemplo, construir até dois pavimentos ou, em outro, até cinco”, destaca.

 

A quantidade de pavimentos de uma edificação depende da distribuição de alvenarias dada pelo projeto arquitetônico. Quanto maior a quantidade de paredes, melhor e mais equilibrada será a distribuição de cargas, Denilson Rodrigues

 

Para mais informações e detalhes técnicos, acesse www.isorecort.com.br.

 

Colaboração técnica

 

Denilson Rodrigues – Engenheiro Civil formado pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atua com projetos estruturais e acumula grande experiência com obras de concreto armado, elementos pré-fabricados, painéis e cortinas de contenção, além de estudos na área de desenvolvimento de novos sistemas, com ênfase em termoisolantes (principalmente Poliestireno/EPS e Poliuretano/PUR/PIR). É responsável pela área de engenharia e de desenvolvimento técnico do Grupo Isorecort.

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