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EPS estruturado é solução para peças e objetos de paisagismo

Diversos elementos para jardins, como mesas, bancos e vasos, podem ser moldados em poliestireno expandido (EPS) e revestidos por camada de concreto, resultando em peças leves e resistentes

Anualmente, antecedendo a primavera, a cidade paulista de Holambra realiza a maior festa de flores do continente, a Expoflora. Além da vasta mostra, o evento que, acumula 38 edições, apresenta projetos de paisagismo assinados por arquitetos e designers. O uso de soluções sustentáveis e materiais inovadores é uma das caraterísticas desses ambientes. É o caso do poliestireno expandido (EPS), empregado por vários profissionais.

Participo da Expoflora desde 2016. Nos meus projetos, já usei EPS para criar objetos de vários formatos, como fontes, espelho d’água, mesa, banco, molduras para acabamento e rodapé, entre outros”, diz o designer Allan Oliveira. Por ser facilmente moldável, o material deixa livre o trabalho de criação. As peças são revestidas por camada de concreto, o que as torna resistentes a pequenos impactos e duráveis, mesmo quando submetidas à ação do sol e da chuva.
 

"Nos meus projetos, já usei EPS para criar objetos de vários formatos, como fontes, espelho d’água, mesa, banco, molduras para acabamento e rodapé, entre outros", Allan Oliveira
 

A Premold, especializada em molduras de EPS para fachadas e em EPS estruturado, tem respondido pela execução dos projetos de Oliveira e de outros profissionais. “A leveza do material aliada ao dimensionamento adequado da estrutura da peça a ser confeccionada possibilita a produção de objetos de grandes volumes, porém leves”, comenta João Paulo Vilela, titular da Premold, explicando que reveste o material com uma camada cimentícia resistente, com espessura que varia entre 2 e 6 cm. “É o que chamamos de EPS estruturado”, acrescenta.

 

EPS Estruturado

 

Vilela fala que o processo tem início com o projeto enviado pelo profissional, que detalha as medidas e a geometria da peça. “Desenvolvemos a estrutura e modelagem necessárias para a construção do objeto”, diz, acrescentando que a modelagem é feita em centro de usinagem por comando numérico computadorizado (CNC).

“Com projeto do designer Allan Oliveira, executamos uma sequência de quedas e espelho d'água. O conjunto era formado por três caixas em EPS estruturado, sendo que a água transbordava a partir da mais alta, formando duas quedas d'água. A caixa maior e mais alta tinha 1,50 x 1,50 x 0,60 m e foi dimensionada para suportar o peso e a pressão da água e dar o efeito desejado. O conjunto se destaca pelo design moderno e muito bem elaborado pelo autor”, relata.
 

"A leveza do material aliada ao dimensionamento adequado da estrutura da peça a ser confeccionada possibilita a produção de objetos de grandes volumes, porém leves", João Paulo Vilela

 

A escolha da densidade do EPS é feita por Vilela de acordo com o volume de cada peça, com o objetivo de atingir maior resistência. No caso da mesa, também desenhada por Allan Oliveira para a mais recente edição da Expoflora, foi preciso utilizar o material com densidade mais elevada. “Tratou-se de uma mesa de jantar com canaleta central ao longo de seu comprimento, por onde fluía água que, em uma das pontas, vertia para o espelho d'água na altura do piso”, relata. A mesa tinha 2,47 x 1,02 x 0,80 m, e o espelho d’água 3,24 x 1,02 x 0,38 m.

O EPS estruturado proporciona a construção de peças de fácil transporte e instalação. Por ser uma superfície cimentícia, aceita diversos tipos de acabamentos. Porém, para aplicação de revestimentos como o cerâmico, pastilhas ou madeira, entre outros, o sobrepeso que será incorporado à estrutura deve ser considerado para o dimensionamento da peça.

Foi o caso do projeto do banco em balanço que o escritório Mart Studio criou para o jardim de uma residência, construído pela Premold em EPS estruturado, com assento em madeira. “O banco tem somente um ponto de engaste em uma das extremidades. Na outra, foi preparada uma abertura circular no assento, por onde uma planta cresceria do solo e passaria por ela. A ideia desse projeto era que a ponta do banco flutuasse com o crescimento da planta. Ficou com um efeito fantástico!”, comemora Vilela.

De acordo com Allan Oliveira, as peças que projeta poderiam ser construídas em concreto, mas com aspectos negativos importantes. “O custo seria bem mais alto e o peso também seria um problema para a instalação de algumas delas”, comenta. Já a confecção com EPS estruturado é muito rápida e o comportamento das peças em situação real, nos jardins de residências e edifícios, se assemelha ao do concreto. “Essa solução é usual em meus projetos, inclusive em jardins verticais. O material oferece muitas possibilidades na hora de criar e confeccionar as peças, otimizando custos e tempo para o cliente”, conclui Oliveira.

Para mais informações e detalhes técnicos, acesse www.isorecort.com.br.

 

Colaboração técnica

 

Allan Oliveira – É Designer de Interiores formado pela Faculdade de Administração e Artes de Limeira (FAAL), há dez anos. Participa da mostra e paisagismo Expoflora (SP) desde 2016 e da Mostra Sustentável Campinas em 2018 e 2019 – nessa última edição, conquistou o primeiro lugar na votação do Juri Técnico.

 

João Paulo Vilela – Proprietário da empresa Premold Molduras e EPS estruturado.

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